DUNA
Sobre o autor Frank Herbert
Frank Patrick Herbert Jr. é um dos autores de ficção científica mais cultuados da modernidade. Nascido no dia 8 de outubro de 1920 na cidade de Tacoma, no estado norte-americano de Washington, Herbert cresceu em uma família pobre. O que não o impediu de prosperar: ele é autor de Duna, saga de cinco livros que trata de assuntos que vão da sobrevivência humana à interação entre religião, política e poder.
Aos 18 anos, saiu da casa dos pais para morar com tios em Salem, no estado do Oregon, e ingressou no ensino médio. No ano seguinte, foi para o Arizona onde, depois de mentir sua idade na entrevista de emprego, passou a trabalhar no jornal Glendale Star, atuando principalmente como fotógrafo.
Com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, em 1941, Herbert serviu durante seis meses como fotógrafo em um batalhão de construção naval da Marinha na campanha do Pacífico. Foi dispensado por motivos médicos e retornou ao país.
Mesmo como jornalista, Herbert tentava iniciar sua carreira na literatura e vendeu seu primeiro conto para a revista Esquire em 1945. No ano seguinte, ingressou como ouvinte na Universidade de Washington, na qual conheceu Beverly Ann Stuart em uma aula de escrita criativa. Acabaram se casando e, em 1949, foram morar na Califórnia, onde viraram amigos do casal de psiquiatras Ralph e Irene Slattery. Foram eles que apresentaram a Herbert a obra de pensadores que mais tarde influenciaram sua obra, como Freud, Jung e Heidegger.
Ao longo da década de 1950, Herbert conciliou sua carreira de jornalista com a de escritor. Seu primeiro conto de ficção científica, Looking for Something ("Procurando por algo", em tradução livre), foi publicado em abril de 1952. Sua primeira novela, Under Pressure ("Sob pressão", em tradução livre), foi lançada em série em uma revista e depois editada em livro.
Mas foi só a partir de 1959 que ele passou a se dedicar exclusivamente à carreira de escritor, quando sua esposa começou a trabalhar como redatora publicitária em uma loja de departamentos e passou a sustentar a família sozinha. Nos seis anos seguintes, dedicou-se principalmente à escrita de Duna.
Segundo Herbert, a ideia para escrever Duna surgiu durante a apuração para um artigo de revista sobre as Dunas do Oregon, uma área recreativa próxima à cidade costeira de Florence. Ele conta que ficou tão envolvido com a pesquisa que, ao final, tinha muito mais material do que o necessário para escrever o artigo – que acabou nunca sendo escrito.
Duna demorou seis anos para ser finalizado. No meio tempo, chegou a ser publicado em duas partes numa revista de ficção científica, em 1963 e 1965. O livro completo, porém, era muito longo para o padrão do gênero e foi rejeitado por 20 editoras. Até que Herbert, em 1965, conseguiu fechar um contrato com adiantamento de US$ 7,5 mil, mais royalties, para a publicação de uma edição em capa dura com a Chilton Book Company.
Herbert continuou a trabalhar com literatura até sua morte. Em 1985, publicou o volume final da série, As Herdeiras de Duna. No ano seguinte, faleceu no dia 11 de fevereiro, vítima de complicações após uma cirurgia de remoção de câncer pancreático, aos 65 anos, em Madison, no estado de Wisconsin.
Sinopse de Duna
Em um futuro muito distante, quando a humanidade já se espalhou pelas estrelas e a Terra é apenas uma lembrança (as datas usadas falam do ano dez mil, mas o livro não especifica se isso é depois de Cristo ou existe outro marco), a sociedade é sustentada por quatro pilares: o imperador, as casas nobres, a Guilda Espacial e as Bene Gesserit.
O imperador centraliza o poder, as casas nobres lutam entre si por destaque, mas respeitando a autoridade do monarca, a Guilda Espacial tem o monopólio da viagem espacial e do banco do império, e as Bene Gesserit são uma parte de ordem de mulheres com poderes e propósitos estranhos.
As duas casas principais são a casa dos Atreides e dos Harkonnen, os primeiros considerados uma casa justa e honrada, enquanto os segundos são vistos como degenerados e traiçoeiros. Parte de uma armação envolvendo o imperador e os Harkonnen, a casa de Atreides ganha o planeta de Arrakis.
Conhecido como Duna, o planeta Arrakis é composto por um gigantesco deserto, praticamente nenhuma água, algumas cidades e uma população de beduínos, os fremen. As condições desse planeta são severas ao ponto de qualquer um que sair no deserto vai morrer em poucas horas, se não devidamente protegido por um traje isolante que reaproveita a água do próprio corpo. Mas também é o único lugar da galáxia que se encontra a especiaria, que a Guilda usa para as viagens espaciais. Sem a especiaria é impossível viajar, então ela é o bem mais precioso que existe.
Fora do conhecimento do imperador, da Guilda e das casas nobres, as Bene Gesserit estão catalogando e mesclando as linhagens nobres. Elas procuram criar um homem especial, que chamam de Kwisatz Haderach e será capaz de ter os poderes de controle de mentes e previsão do futuro que elas possuem, assim como uma capacidade limitada de onisciência. Para chegar a esse escolhido, elas vão ter que mesclar os Harkonnen e os Atreides.
Lady Jéssica é uma Bene Gesserit, e também concubina do duque Leto Atreides. A missão que foi designada pelas suas superiores foi ter uma filha mulher, que posteriormente iria procriar com o herdeiro Harkonnen para gerar o escolhido. Jéssica, porém, decidiu ter um filho homem, para dar ao duque um herdeiro. Nasceu dessa união Paul, herdeiro da casa Atreides. Existe a suspeita, entre as Bene Gesserit, que ele pode ser o Kwisatz Haderach profetizado.
O duque, Jéssica e Paul, cercados de uma companhia de personagens memoráveis, como Thufir Hawat, Gurney Halleck, Duncan Idaho e o dr. Wellington Yueh partem para Arrakis para tomar posse do antigo feudo Harkonnen, caindo intencionalmente em uma armadilha cuidadosamente preparada pelo barão Vladimir Harkonnen, que envolve ajuda de tropas da guarda imperial e traição de um membro do círculo interno do duque.
O barão é uma figura terrível, morbidamente obesa que precisa de suportes antigravidade para suportar o próprio peso, e passa seu tempo tramando e abusando sexualmente de escravos. Ao seu lado está seu herdeiro e sobrinho Feyd-Rautha, um jovem apaixonado por lutar na arena de gladiadores (mas sempre drogando seus adversários para garantir sua vitória), seu harém e que passa seu tempo planejando derrubar seu tio e usurpar seu poder.
Já em Arrakis, Paul ficará sabendo que é parte de uma lenda local: um forasteiro, filho de uma Bene Gesserit, será o messias que vai liderar o povo. Ele profetiza que será conhecido por eles como Muad’Dib, “aquele que aponta os caminhos”.
Ele e sua mãe precisam se esconder entre os fremen, aprendendo os costumes de Duna. Quase não existe água no planeta, então ela é o bem mais valioso que eles conhecem. São um povo dividido em tribos, que mora disperso, em pequenos povoados do deserto.
Os fremen são um povo guerreiro, e seus líderes sempre são decididos através do combate, assim como diversas contendas entre eles. São duelos individuais, onde os dois homens lutam armados apenas com facas. Com exceção de morte em duelo, quando alguém morre ele é triturado e sua água é dividida pelo resto da tribo, independente de quem seja. Existe o ditado “a carne é do homem, a água é da tribo”.
No deserto também moram os vermes gigantes. Eles caçam e destroem qualquer coisa que invada seu território, seja animal ou máquina, o que torna a extração de especiaria algo muito difícil, pois ela surge apenas no deserto mais profundo. Os fremen, porém, sabem como evitar os vermes, e até mesmo os usam como montaria.
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Venha ver a história completa no link Livro 1 As cronicas de Duna: https://www.youtube.com/watch?v=xCggOOZdJhI&list=PLTA2toOrzJ70lQmW1WJKTX4pauCUhKMiJ
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